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Mudanças são necessárias e nos impulsionam para novas descobertas, novos caminhos e novas habilidades. Mas nem sempre é fácil enfrenta-las. Quem nunca passou por mudanças difíceis na vida pessoal ou profissional que atire a primeira pedra!
Mudança de residência ou de emprego, separações, demissões, novas tecnologias ou a simples necessidade de romper com antigos comportamentos, de um jeito ou de outro são situações que geram insegurança para qualquer indivíduo.
O ser humano ganha um senso de conforto e bem-estar a partir da certeza que já tem e do conhecimento que já domina. E as mudanças geralmente fazem com que as pessoas percam esse controle ao trocarem o certo pelo duvidoso. O sentimento é que lhes possam faltar habilidades ou a capacidade de dominar a nova realidade.
São por esses motivos que a maioria das pessoas não está disposta a sair da chamada ZONA DE CONFORTO.
E por que seria tão ruim permanecer nessa zona, supostamente tão segura e confortável? Simplesmente porque é o lugar, a atividade ou a relação onde mora a inércia e a estagnação.
Nem sempre a pessoa está, de fato, confortável naquela situação que se encontra, mas permanece ali por conveniência, medo ou até mesmo por preguiça de se movimentar, de crescer ou de fazer algo diferente daquilo que está acostumada.
O MEDO do desconhecido, em regra, paralisa as pessoas. Muitas delas permanecem durante anos no mesmo local de trabalho, reclamando do chefe, das atividades, dos colegas, simplesmente por medo da mudança. E simplesmente perdem a chance de desenvolverem seus talentos e de realizarem o seu verdadeiro propósito de vida. O mesmo vale para outras situações e até relacionamentos. Quantas chances de sucesso são desperdiçadas todos os dias por aí…
É o medo que limita o autoconhecimento, a descoberta das próprias potencialidades e das inúmeras possibilidades de se fazer algo diferente, inovador, das coisas mais simples ou grandiosas na vida.
Outro dia meu filho de 7 anos estava raspando dois palitinhos de hashi (aqueles pauzinhos de comida japonesa), na tentativa de “fazer fogo”, na forma como tinha visto, uns dias antes, em um programa no Discovery Channel. Em um determinado momento, ele me perguntou se pegaria fogo se ele continuasse a fazer aquilo bem rápido. Eu lhe respondi que, se ele ficasse bastante tempo esfregando os palitinhos, poderia sair faísca como aconteceu no programa que tinha assistido.
Claro que eu sei que aquilo lhe exigiria alguma técnica… eu mesma nunca fiz fogo com o atrito de dois palitinhos de hashi, mas a possibilidade do êxito, ainda que em tese, foi o que bastou para que ele parasse, pois ficou com medo de que desse certo aquilo que pretendia.
Mas “fazer o fogo” não era o objetivo inicial?
Pois é … aquele comportamento do meu filho retratou bem o medo que muitas vezes temos, enquanto adultos, do próprio sucesso.
O medo é importante em nossas vidas, pois é instintivo e garantidor da nossa sobrevivência. Ele impede reações desenfreadas e situações que nos colocariam em risco de morte. Porém, muitas vezes é preciso supera-lo, dominar a insegurança, contornar as dificuldades e agir apesar do medo. Só o enfrentamento trará resultados, crescimento e sucesso.
Por isso, procure fugir da zona de conforto, pois é no “desconforto” que estaremos mais próximos da nossa plenitude.
Pense nisso!
Um grande abraço!
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Muito bom, é o tipo de artigo que deveríamos ler todos os dias ao acordarmos… Obrigado pela reflexão que ele me trouxe.
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Junior, fico feliz por ter te levado, de alguma forma, à reflexão. Muito obrigada pelo feedback e pelo carinho!